Arena de treinamento com armas

Arena de armas

Este é o local onde os campistas treinam sua habilidades com suas armas.

O local é amplo, possui um painel com algumas armas disponíveis e alguns obstáculos para dificultar o nível do treinamento. De um lado da arena vários bonecos de palhas estão posicionados separadamente para o treinamento com espadas, adagas e chicotes, do outro há varios alvos para treinamentos com arco e flecha, lanças, etc...
Algumas árvores invadem o local e muitas vezes acabam sendo usadas pelos semideuses.

Eu sou meu próprio inimigo.

Havia chegado ao acampamento não havia muito tempo, para se ter uma ideia, não faziam nem oito horas que eu estava ali, mas já podia ter uma ideia que não seria um mar de rosas, eu realmente precisaria treinar e treinar duro para conseguir ficar forte e habilidoso o suficiente para enfrentar os monstros que estariam me aguardando lá fora.

Dois filhos de Apolo haviam me mostrado algumas áreas do acampamento e uma delas havia sido a arena, decidi ir lá e ver do que eu era capaz já que nunca havia pego em uma espada em nada parecido. Olhei meio desconfiado para as minhas novas armas: uma adaga e uma espada, e as peguei com minhas mãos, suspirei profundamente antes de olhar determinado pela janela de meu chalé e sair rumo a arena armado apenas com elas.

Quando cheguei lá, senti um grande cheiro de suor e o barulho de espadas se chocando umas contra as outras, confesso que aquilo me assustou um pouco mas não iria recuar naquele momento, iria em frente. Segui ladeira abaixo até chegar próximo a um cara que tinha metade do corpo de cavalo e ele me indicou e conduziu até um lugar onde tinham diversos bonecos de palha e pediu para que eu me exercitasse um pouco com eles.

Não fiquei muito contente por ter aqueles bonecos como oponentes mas não reclamei, afinal de contas eu tinha de me por no meu lugar: um novato.

Segurei firme no cabo da espada e me dirigi para próximo do primeiro boneco, suspirei mais uma vez e comecei a estoca-lo pela esquerda, depois pela direita até ter um ritmo e fazer o boneco ficar totalmente rasgado, só então eu pude ataca-lo onde ficariam as terminações de suas costelas e logo em seguida perfurar o seu umbigo puxando minha lamina para cima partindo-o ao meio como que por consequência.

O homem que tinha bunda de cavalo se aproximou de mim batendo palmas mas me repreendeu em seguida:

- Isso era apenas um boneco, na vida real você irá atacar algo que também revidará, venha comigo.

O segui novamente até onde estava localizado outro boneco, ele retirou meus armamentos e disse que aquele boneco eu teria de derrotar com minhas próprias mãos. Hesitei um pouco no inicio, mas logo em seguida me aproximei do boneco.

Fui surpreendido quando seu sensor ativou e fez seu braço de madeira se mover com tamanha velocidade indo de encontro ao meu peito, o que me deixou um pouco se fôlego. Me afastei e observei o boneco, agora estava imóvel. Tinha de descobrir que sequencia era aquela, pelo menos se quisesse vence-lo e não ser vencido.

Aproximei-me novamente e consegui aparar seu primeiro golpe com meu antebraço, mas logo em seguida veio outro golpe que não consegui defender, ele acertou minha coxa e outro consecutivo conseguiu me derrubar. Afastei-me novamente estudando os movimentos e começando a decorar sua sequencia.

Voltei a me aproximar pela terceira vez, não foi difícil desviar do primeiro, nem do segundo, quando o terceiro veio eu tive a chance de saltar para escapar e dar um chute na cabeça do boneco. Como eu havia conseguido fazer aquilo?

Os golpes reiniciaram, a mesma sequencia que desviei com tamanha facilidade ganhando tempo para ataca-lo novamente, dessa vez no tórax. E foram assim cerca de três vezes a mais.

Já estava ofegando quando percebi que isso não iria adiantar nada a não ser me cansar e deixar meus braços mais roxos. O boneco reiniciou sua sequencia e eu consegui desviar, mas no ultimo momento, agarrei uma de suas "pernas" de madeira, puxando-a para o lado contrário as suas dobradiças, o boneco rangeu e parou por um instante. Fiz isso novamente com seus "braços" e ele rangeu novamente antes de paralisar.

Aproveitei a oportunidade e me afastei vendo que ele estava inerte. Voltei-me para o grande homem que estava sorrindo, se aproximou de mim e devolveu minhas armas.

- Acho que por hoje já chega. Tem muito o que aprender garoto, você perde muito tempo fazendo a mesma coisa.

Suspirei e concordei percebendo que era verdade o que ele dizia. Fiquei olhando enquanto ele iria embora e em seguida fui caminhando para meu chalé, a hora do jantar estava bem próxima e só então me dei conta de quanto eu estava faminto.